Alice: A Saga XXIV

Parte XXIV: Regresso

Tudo falhara. Os negócios e as aventuras sexuais. Alice estava agora limitada aos ocasionais trios e quartetos proporcionados por Armando e a encontros fortuitos com homens locais, cuja qualidade enquanto amantes descera imenso a partir do momento em que Alice já não podia pagar as despesas de festas sexuais extravagantes. O ponto alto desta fase fora uma noite em que Armando trouxera um amigo argentino para jantar. O amigo de Armando achara Alice muito atraente e para apimentar a noite resolvera partilhar uma substancial dose de cocaína de alta qualidade com o par de portugueses. Alice nunca experimentara produto de tal qualidade e viu-se arrastada para um turbilhão sensual de grande intensidade. Trocaram-se beijos e carícias entre os dois homens e Alice, e esta começou a pensar que já não experimentava algo há demasiado tempo.
- Gostas de rabo? – perguntou ao argentino.
- Rabo? Que es esso?
- Culo – traduziu Armando com um sorriso. Já sabia o que aí vinha.
- Si, por supuesto – respondeu o argentino.
- Quero que me comam o rabo – quase ordenou Alice. – Os dois, toda a noite.
E assim, Armando e o argentino comeram o rabo de Alice à vez durante horas a fio. O pó branco ajudou a manter a energia e Alice perdeu a conta às vezes que os dois homens atingiram o clímax no seu ânus, e ao número dos seus próprios orgasmos. Sentia-se como num sonho, com o seu buraco preferido cheio de carne dura masculina e escorrendo continuamente esperma. Os dois homens caíram literalmente para o lado quando amanheceu e Alice continuou deitada de barriga, ainda a ter réplicas de orgasmos de cada vez que sentia os fluídos movimentarem-se dentro de si. Estendeu a mão e tocou nos bordos do ânus. Estavam inflamados com tanta fricção. Os dedos encontraram o orifício. Nova vaga de prazer ao constatar a enorme abertura causada pelas constantes penetrações. Uma contracção interna e Alice sentiu-se a expelir uma bolha de ar e esperma. O último orgasmo da noite fê-la fechar os olhos e adormecer feliz. Estava tudo bem.
Mas não estava. Não era possível continuar em João Pessoa por muito mais tempo. Problemas com as autoridades locais acerca do visto de trabalho, de impostos e diversos tipos de licenças tinham já levado Alice a consultar advogados diversas vezes. Sem dinheiro suficiente para olear o sistema, a vida tornar-se-ia muito complicada e Alice teve de pensar em regressar a Portugal. A conclusão iminente de um grande negócio fez com que perdesse uma passagem de volta. Quando o negócio não se concretizou, Alice descobriu que não tinha sequer dinheiro suficiente para comprar um bilhete de avião.
Os seus velhos amigos em Portugal recusavam-lhe agora qualquer ajuda. Todos menos dois, um deles Carmelo, mas o dinheiro que lhe podiam emprestar não chegava para pagar a passagem na íntegra. Era preciso algo rápido que lhe proporcionasse cerca de setecentos euros.
Armando deu-lhe a solução.
Published by SOSsodomia
5 years ago
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